Quem não gosta de falar, analisar, sentir e discutir sobre relacionamento, seja ele de amor, de casal, de triângulos, de sexos opostos, semelhante ou iguais, de amantes, de famíla, de trabalho, de comunidade, enfim, seja ele do que for, levante a mão. Todo mundo adora dar palpite no relacionamento alheio, mesmo que o próprio seja um desastre, há alqueles que vão de receita pronta, e alguns chegam a chorar quando, no meio da conversa, relembra o namorico da oitava série, por último resta os que se divertem. A idéia aqui é fazer e falar de tudo isso, sem pudor ou enganação.
Enjoy it!!!!

sábado, 27 de setembro de 2008

Casa, Caso, Casar


Esses dias no trabalho discutíamos, claro que só mulheres pq creio mesmo que homem nem pensa no assunto, as diferenças e dificuldades dos anos de casamento.

Uma dizia que o primeiro foi o mais difícil, enquanto eu achava que era o segundo e por fim a terceira mulher não achava muita coisa ainda, pois está prestes a completar um ano de união.


Na verdade a dificuldade da convivência é como a dor, cada um tem a sua e não tem como estabelecer uma regra. É fato que ninguém escapa das neuras, nóias, vontade de jogar tudo para o alto ou do desespero, mas depois de tudo isso sempre vem o caldo bom.


Eu mesma lembrei que no primeiro ano me esforçava para fazer alguma "jantinha", mesmo detestando cozinhar e cozinhando mal, com isso fazia só as minhas especialidades: risoto e sopa!

Até que me dei conta que não era por ai e tudo começou a ficar mais fácil. Na verdade o primeiro ano, creio, é aquele tempo em que ambos se esforçam para agradar o outros, como se fosse preciso tanto esforço, e ai acabamos saindo do nosso prumo para se transformar em outra pessoa a fim de agradar outra, e ai td fica ruim, pois nos zangamos com nós mesmo, mas como ninguém se culpa, a culpa fica sendo sempre do outro.


Affff, que complicação! Qdo então percebemos que estamos casados e nos amamos justamente pelas nossas diferenças, deixamos de lado aquela coisa de querer agradar e ai sim começa de fato o relacionamento. Sendo assim, o segundo ano "o da libertação em prol de nós mesmos" acaba se transformando no primeiro ano. Deu para entender? e ai o bicho pega!


Enfim, é no terceiro ano que a coisa engrena, no quarto ambos já se conhecem suficientes para saber até onde pode ir e o que deve-se evitar para a vida seguir tranquila, no quinto a coisa amadurece e agora espero o sexto para ver onde é que a coisa vai dar!


casem, amem, sejam felizes com vcs para depois ser com os outros!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nada de Desculpas...Rapadura é Doce Mas Não É Mole Não

Poderia começar pedindo desculpas pela enorrrrmeeeeeeeee ausência, mas a verdade é a a que todo mundo sabe: o tempo diminuiu e as tarefas triplicaram. Meu marido sempre me cobra: ahhhh Cheirus (ok todo amor é brega) pq vc nunca mais escreveu no NOSSO blog?

Nessas horas chego a rir, NOSSO blog é demais. O amado nunca escreveu, só palpitou, mas confesso, é meu melhor crítico! Obrigada baby!
Contudo, essa atitude machista/possessiva/dominadora é bem de homem mesmo. Os caras acham que é nossa obrigação sermos:

1. Gostosa
2. Animada
3. Trabalhadeira
4. Independente mas nem tanto
5. Frágil, mas firme, olha a contradição
6. Ciumenta na medida
7. Que cuide da própria vida e da dele também
8. Sem TPM, enxaqueca ou qq outra coisa que lhe atrapalhe
9. Que o faça rir pelo menos uma vez ao dia
10. Que precise dele para muitas coisas, mas o esqueça quando há eventos familiares...

Olha, do jeito que as coisas estão vai ter muito homem casando com homem, aaaaa vai!!!!
bj

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Relacionamento Animal II - Girafas se casam em Zôo do Rio

Relacionamento Animal - Casal de chimpanzés reata 'namoro' após briga por iogurte

Eles estavam brigados há um ano
Inexperiente, o macho não consegue agradar a fêmea, diz especialista

Rina e Paulinho, casal de chimpanzés do zoológico do Rio, fizeram as pazes esta semana, depois de uma briga de um ano. Os animais tiveram de ser mantidos em ambientes separados por todo esse tempo, depois que Paulinho tentou roubar o iogurte da parceira, desencadeando reações enérgicas, com direito a mordidas e arranhões.

Pelos relatos dos funcionários do Zôo, no entanto, a disputa pelo quitute foi, na verdade, somente a gota d’água para a separação, já que os dois mantinham um relacionamento conflituoso há um tempo. De acordo com o zootecnista Marcus Delgado, responsável pela alimentação dos primatas, eles tinham pequenos desentendimentos quase diariamente, mas um deles sempre acabava cedendo. Na ocasião do iogurte, contudo, ninguém correu da briga. Para o zootecnista, o problema está ligado ao fato de Paulinho não conseguir assumir a postura de macho dominante. “Na natureza, os chimpanzés vivem em grupos, nos quais sempre há um macho dominante, que cruza com todas as fêmeas, sem graves desentendimentos. Os machos menores observam o comportamento do dominante e, depois de crescidos, assumem a posição”, explica. “Paulinho, contudo, chegou ao Zôo com apenas seis meses e nunca viu um casal acasalar. Por isso, ele não consegue agir da maneira certa quando a fêmea entra no cio e acaba irritando a parceira. Rina já é a terceira chimpanzé com a qual tentamos fazê-lo cruzar. As outras duas também tiveram de ser separadas dele”, completa Marcus.

"Estamos torcendo para ele pegar o jeito desta vez", brinca o zootecnista, que não deixa de comparar os primatas a certos descendentes 'racionais'.

Fonte: Globo.com

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Antes, Durante e Depois


O melhor dos casamentos são os preparativos para o grande dia, para o tão sonhado sim, para as juras, mesmo que seja um casamento sem festa e nem testemunhas, mesmo que seja algo simples de pegar suas bugigangas e juntar com as do outro, mesmo assim, os preparativos são emocionantes.

Quando há alguma comemoração então, todo o ritual se completa: o antes, o durante e o depois ganham proporções de gente grande e os comentários começam meses antes.

A mulherada se atiça toda para saber dos vestidos das outras, do tipo de penteado e se preocupam com aquelas primas rivais que depois de 20 anos irá te medir de cima em baixo. Os homens, mais práticos, se preocupam apenas com as bebidas.

O dia do casório é marcado por aquele mundareu de gente reunida na casa da matriarca da família num êxtase de fazer inveja à Timothy Leary. É cabelo e maquiagem, truques na lingerie para deixar tudo no lugar, jóias e saltos, tudo para aparecer poderosa.

Na igreja começam a aparecer as ditas primas e vc tanto pode se sentir um luxo quanto pode se sentir um trapo. A festa corre solta, todos captam os detalhes e anotam no caderninho da memória para não se esquecer no dia seguinte.

Contuso, a melhor parte é o depois, quando todos se reunem para comentar os deslizes, as gafes, as fofocas que foram ditas, as vestimentas alheias e tudo mais o que se tem direito. Os noivos? Meros coadjuvantes em uma noite onde o tempo passado, o presente e o futuro dominam.

E viva os noivos!!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Variações de um mesmo tema...uhuhhhhh


Ouvi: "...gay para mim tudo bem, o que não suporto são os machistas e as feministas..."

Realmente aguentar pregações sobre o mundo dos machos e histórias que lembram as mulheres queimando sutiãs em praça pública, é, no mínimo, bizarro. Vamos falar a verdade, não é que o mundo está virado, como se ouve por ai, o mundo é instinto e sendo assim, não há como ficar no armário tanto tempo. Dia desses o gato, macho, bem macho, da minha amiga, morreu de AIDS, passou no Animal Planet o Rei da Selva, salve salve, trepando com um companheiro de partido. Ai vem um machista e diz: ahhhh, mas isso ai só acontece com os leões da savana, por que aqui no sul é diferente.

Minha gente, dar e receber amor com qualidade é o que importa, mesmo por que tornou-se artigo de luxo. Li uma repostagem na Marie Claire deste mês de um cara hétero contando que transou com outro cara e gostou, continua hétero e daí? É como se experimentasse um baseado, gostasse, mas continuasse careta.

A mulherada fica mais na miúda! Difícil sair do armário pq na maioria das vezes escolhe a bissexualidade, a mulherada é mais esperta ;)
Enfim, depois de ouvir o que ouvi, explanei um pouco sobre o meu conceito das variações do mesmo tema na área gay. Acredito que haja pelo menos cinco versões.

1. O Homossexual - aquele sujeito discreto, fino, de bom gosto e que transita por lugares bacanas e conversa com pessoas interessantes. Vc sempre fica na dúvida se é ou não é; 2. O Gay - uma versão mais atualizada do homessexual, menos discreto, mais ousado e bem moderno; 3. O Bicha - abana!!! totalmente desbocado, A-D-O-R-A causar frisson, chegar chegando, fala alto, seu vocabulário é engraçadíssimo. É como se fosse o divulgador do mundo gay; 4. O Travesti - nasceu para ser mulher, pensa como mulher, sente como mulher, do tipo: este corpo não me pertence. Também é muito difícil de se misturar; 5. A Drag Queen - como o lobisomem, de dia é uma coisa e a noite é outra. Quase que uma farra de carnaval é uma mistura de gay com Carmem Miranda, geralmente uns amores. Digamos que seja a veia artística do mundo gay.

Com todo este estilo é difícil não se encantar. Brincadeiras a parte, mesmo por que sou gay de coração, aqui vai Kundera.

"Suspender o julgamento moral não é a imoralidade do romance, é a sua moral. A moral que se opõe à irremovível prática humana de julgar imediatamente, sem parar, a todos, de julgar antecipadamente e sem compreeender. Esta fervorosa disponibilidade para julgar é, do ponto de vista da sabedoria do romance, a asneira mais detestável, o mal mais pernicioso (...). A criação do campo imaginário em que o julgamento moral fica suspenso foi uma proeza de imenso valor: somente aí podem desabrochar os personagens romanescos, ou seja, os indivíduos concebidos não em função de uma verdade preexistente, como exemplos do bem e do mal, ou como representações de leis objetivas que se confrontam, mas como seres autônomos fundamentados em sua própria moral, em suas próprias leis".

Gostou? então comente!

domingo, 30 de março de 2008

Coisas de Lulu


Dia desses fui almoçar com uma amiga querida que passe o tempo que for, quando nos vemos, é uma festa. Ela é uma das pessoas mais libertas que conheço. Vale tudo mesmo, só não vale ficar preso a mesmice, ao tédio e a inércia não tem vez e esse calor todo é no mínimo, contagiante. Confesso que me sinto careta perto dela, como se meu queixo ficasse caído o tempo todo e não paro de dizer: Nãoooooooooooo!!!!!!!!!!! com aquela cara de estranheza cômica, com os olhos arregalados por querer saber mais. A conversa torna-se viciante.

Enfim, depois de mais de 6 meses nos reencontramos num bistrozinho bacaninha perto do trabalho. Era um dia ensolarado e minha branquice gritou ao lado de sua pele morena de sol que exalava maresia de dentro do vestido branco de bolinhas e sapatos vermelhos.

Durante o lanche colocávamos a vida em dia, falávamos sobre como é ficar alguns dias longe do ser amado, do trabalho, dos desafios, do casamento, da vida dos amigos, aquela coisa de "ah! a fuluna se casou", "a cicrana se separou", este tipo de aminidades que pairam nas conversas de Lulus.

Achei graça das aventuras e andanças de minha amiga e ela achou a minha muito mudada, e realmente ela tem razão. Enfim, foi como se a diferença de idade saltasse de 4 para 10 anos. Me senti madura e senti saudade da despreocupação quase insana que esteve comigo por um longo tempo. Contudo, percebi simplesmente que a vida nos leva por entre os caminhos que escolhemos e que estes podem sim ter sua rota alterada, mas certamente vc nunca mais terá o que teve antes, simplesmente por que tudo passou.

Resolvemos sair dali e tomar um café na Fnac. Ficamos ali por uma hora mais ou menos e a pergunta que não queria calar veio-me à boca e a expeli antes de dar tempo de engolí-la:
você o ama?

Sinceramente não gostaria de ter feito esta pergunta por que sabia qual era a resposta e sabia por que já havia passado por isso, por que a situação me era familiar, por que por mais que seja minha amiga, que amo, era aquelas situações em que vc gostaria de ficar na ignorância, por que dali iriamos entrar numa conversa que talvez ela não estivesse a fim de falar e era como se eu a tivesse forçado a ver o que já sabia, mas que lutava em enxergar, por medo da resposta.

- Amo, claro!
- Ama como homem ou como irmão?
Silêncio...
- Não o amo como homem, é verdade, mas eu o amo.
- Sim vc o ama, mas não o suficiente para continuar com ele.
- É complicado...

E ai começamos uma longa conversa sobre amor, decepções, cansaço, medos, receios, filhos, família. O que era surpreendentemente maravilhoso anos atrás, não faz mais sentido. Tudo mudou, as pessoas mudaram, o humor é outro, os defeitos se acentuaram e nada é mais como era antigamente.

Naquela tarde concordamos 100% com uma coisa: há muitas coisas que não há como mantermos intactas durante o casamento, mas nossa essência, essa sim, tem que ser inviolável. Apenas nós, como indivíduos, podemos querer mudar alguma coisa, sendo assim, o outro nada mais é do que um mero espectador munido de seu livre arbitrio que o deixa decidir se continua ou não ao nosso lado. Para nós, deveria ser assim e por esta razão talvez ela comece a rever sua vida ou quem sabe não.
"Quero concluir este capítulo afirmando que sem tesão é impossível e inútil querer nos disciplinar, ser responsável e amadurecer. Sem tesão não se faz revolução" Roberto Freire - Sem Tesão Não Há Solução 1987